quarta-feira, 23 de janeiro de 2019

Projeto Cartas Viajantes

Projeto Cartas Viajantes


Durante a realização de meu planejamento, observei que no livro didático estava o gênero abordado de maneira tradicional. Me lembrei de quando ainda no ensino primário minha professora nos auxiliou para mandar cartas a algum personagem do Sitio do Pica-Pau Amarelo, o que foi muito marcante para mim. Visto isso, como participo de um grupo no facebook que reúne professores de língua portuguesa do Brasil inteiro, então perguntei quem gostaria de trocar cartas, de imediato muitas pessoas surgiram, foi aí que conheci a professora Tharcia Loyara a qual fechamos parceira para o projeto.  Residente em Benevides, Pará. A professora trabalha na comunidade do Jabuticaca pertencente a cidade de São Domingos do Capim. A Escola São Benedito, é uma escola do campo, com alunos da comunidade. 

Objetivos

O projeto visava resgatar o gênero, o conhecimento linguístico, a contrastar a cultura das diferentes regiões, e despertar sentimentos, uma vez que, os alunos durante a 1ª etapa não poderiam colocar redes sociais, o contato ficava restrito as cartas, assim mexendo com o imaginário de como seria fisicamente aquele para quem se escreve, a espera para a mensagem chegasse ao seu destinatário.

Realização

                Em contato agora via whatsapp eu e Tharcia trocamos as listas de chamada, somente com os primeiros nomes dos alunos para a realização de um sorteio. De modo que, os alunos do Newton Sampaio sortearam o destinatário e os alunos da São Benedito também, somente em dois casos ocorreu a troca de carta “casada”. Como a minha sala possuía mais alunos do que o 8º ano da São Benedito, alguns alunos que integraram ao projeto eram do 7º ano, também acabei incluindo meu aluno do atendimento SAREH, resultando assim no total de 66 alunos envolvidos no projeto. A princípio os meus alunos não estavam realmente convencidos do envio das cartas realmente. A execução foi dividida em etapas, inicialmente passei as informações sobre a cidade de São Domingos do Capim, sobre ser uma escola do campo no estado do Pará. Instrui os alunos para que questionassem sobre a rotina, a linguística local. Após a edição das cartas conferi o conteúdo abordado, em uma outra aula distribui aos alunos os envelopes para que efetivassem o preenchimento, com CEP, emissor e destinatário. Após 15 dias da postagem nos correios, ambas a cartas chegaram, assim fizemos a destruição na mesma data. Houve uma troca muito rica culturalmente, questões de linguística, hábitos que os alunos desconheciam, acabamos integrando outras disciplinas, pois os alunos ficaram intrigados com o que seria o Igarapé, Pororoca, com o prato típico de açaí com frango.

Desafios encontrados

A questão do tempo de realização, conciliar as aulas sem prejudicar o andamento das atividades, provas, alunos que faltavam no dia, na escola São Benedito a realização de uma feira do conhecimento interferiu no tempo de realização do mesmo. Quanto a participação dos alunos não houve recusa, 100% de participação.   
Uma questão importante foi a abordagem integrada do preconceito linguístico, aproveitamos a diferença das regiões, para falar da questão do preconceito relacionado a população da região norte.

Finalização

 Os alunos responderam as cartas, que aguardam ser recebidas, agora com a permissão para trocar redes sociais. Também tivemos a colaboração do professor Sérgio Paixão que doou ao projeto o livro “ BENTO APRENDE COM TUDO” com dedicatória, que contou com assinaturas dos funcionários do Newton Sampaio. Uma contribuição para a biblioteca da Escola São Benedito.

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