Projeto Cartas Viajantes
Durante a realização de meu planejamento,
observei que no livro didático estava o gênero abordado de maneira tradicional.
Me lembrei de quando ainda no ensino primário minha professora nos auxiliou
para mandar cartas a algum personagem do Sitio do Pica-Pau Amarelo, o que foi
muito marcante para mim. Visto isso, como participo de um grupo no facebook que
reúne professores de língua portuguesa do Brasil inteiro, então perguntei quem
gostaria de trocar cartas, de imediato muitas pessoas surgiram, foi aí que
conheci a professora Tharcia Loyara a qual fechamos parceira para o
projeto. Residente em Benevides, Pará. A
professora trabalha na comunidade do Jabuticaca pertencente a cidade de São
Domingos do Capim. A Escola São Benedito, é uma escola do campo, com alunos da
comunidade.
Objetivos
O projeto visava resgatar o gênero, o
conhecimento linguístico, a contrastar a cultura das diferentes regiões, e
despertar sentimentos, uma vez que, os alunos durante a 1ª etapa não poderiam
colocar redes sociais, o contato ficava restrito as cartas, assim mexendo com o
imaginário de como seria fisicamente aquele para quem se escreve, a espera para
a mensagem chegasse ao seu destinatário.
Realização
Em
contato agora via whatsapp eu e Tharcia trocamos as listas de chamada, somente
com os primeiros nomes dos alunos para a realização de um sorteio. De modo que,
os alunos do Newton Sampaio sortearam o destinatário e os alunos da São
Benedito também, somente em dois casos ocorreu a troca de carta “casada”. Como
a minha sala possuía mais alunos do que o 8º ano da São Benedito, alguns alunos
que integraram ao projeto eram do 7º ano, também acabei incluindo meu aluno do
atendimento SAREH, resultando assim no total de 66 alunos envolvidos no
projeto. A princípio os meus alunos não estavam realmente convencidos do envio
das cartas realmente. A execução foi dividida em etapas, inicialmente passei as
informações sobre a cidade de São Domingos do Capim, sobre ser uma escola do
campo no estado do Pará. Instrui os alunos para que questionassem sobre a
rotina, a linguística local. Após a edição das cartas conferi o conteúdo
abordado, em uma outra aula distribui aos alunos os envelopes para que
efetivassem o preenchimento, com CEP, emissor e destinatário. Após 15 dias da
postagem nos correios, ambas a cartas chegaram, assim fizemos a destruição na
mesma data. Houve uma troca muito rica culturalmente, questões de linguística,
hábitos que os alunos desconheciam, acabamos integrando outras disciplinas,
pois os alunos ficaram intrigados com o que seria o Igarapé, Pororoca, com o
prato típico de açaí com frango.
Desafios encontrados
A questão do tempo de realização,
conciliar as aulas sem prejudicar o andamento das atividades, provas, alunos
que faltavam no dia, na escola São Benedito a realização de uma feira do
conhecimento interferiu no tempo de realização do mesmo. Quanto a participação
dos alunos não houve recusa, 100% de participação.
Uma questão importante foi a abordagem
integrada do preconceito linguístico, aproveitamos a diferença das regiões,
para falar da questão do preconceito relacionado a população da região norte.
Finalização
Os alunos responderam
as cartas, que aguardam ser recebidas, agora com a permissão para trocar redes
sociais. Também tivemos a colaboração do professor Sérgio Paixão que doou ao
projeto o livro “ BENTO APRENDE COM TUDO” com dedicatória, que contou com
assinaturas dos funcionários do Newton Sampaio. Uma contribuição para a
biblioteca da Escola São Benedito.
Os alunos responderam
as cartas, que aguardam ser recebidas, agora com a permissão para trocar redes
sociais. Também tivemos a colaboração do professor Sérgio Paixão que doou ao
projeto o livro “ BENTO APRENDE COM TUDO” com dedicatória, que contou com
assinaturas dos funcionários do Newton Sampaio. Uma contribuição para a
biblioteca da Escola São Benedito.
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